Construindo Pontes de Impacto no Batistini: Inauguração da Sede ASIMD

O bairro Batistini foi fundado em 1887, por imigrantes italianos que chegaram no século 19. Entre os primeiros que se estabeleceram ali estava família Batistini, que além de trazer o desenvolvimento emprestou seu nome ao então amontoado de núcleos rurais.

Desde sua fundação, o bairro tem testemunhado uma série de transformações, evoluindo de uma área predominantemente rural para um local vibrante e urbanizado.

O trabalho voluntário desempenha um papel crucial na promoção do bem-estar e no fortalecimento dos laços comunitários. Pessoas dedicadas doam seu tempo e esforço para fazer a diferença, criando um ambiente onde todos se sentem valorizados e apoiados.

No centro desse cenário, a Assistência Social Irmã Maria Dolores destaca-se como um farol de esperança. Fundando sua mais nova sede na Rua das Flores com o objetivo de atender às necessidades mais prementes da comunidade, a instituição tem desempenhado um papel irrefutável na promoção da igualdade e na oferta de serviços e suporte a indivíduos em situações vulneráveis.

O impacto positivo da Instituição é tangível e mensurável. Ao longo dos anos, a organização tem oferecido programas abrangentes para a comunidade e com a nova sede inaugurada, novos atendimentos foram gerados e oficinas e cursos foram implantados como informática, inglês, cabelereiro etc.

Com uma estrutura ampla de mais de 400 metros quadrados de construção, a sede da Assistência Social Irmã Maria Dolores (ASIMD) se destaca ao atender mais de 350 crianças e adolescentes, elevando significativamente os padrões de qualidade. A ASIMD não apenas se consolida como um espaço de referência, mas também se transforma em um ponto primordial de benefício para a comunidade do Batistini, que abriga mais de 32 mil habitantes. Essa iniciativa visa não apenas atender às necessidades imediatas, mas também enraizar-se como um agente de impacto positivo, promovendo mudanças significativas e duradouras na região.

Parque das Garças (Alvarenga)

Em 02/03/2015 iniciamos as atividades, na sede do parque das Garças, bairros este  desprovidos  de  instituições, OSC’s e equipamentos  públicos, o objetivo  era propiciar às famílias, crianças e adolescentes em situação de vulnerabilidade social, oferecendo atendimento de qualidade visando uma nova perspectiva de vida, baseada no Serviço de Convivência e Fortalecimento de Vínculo, aliada a oficinas de Breaking para crianças e adolescentes e de ritmos para adultos e na intervenção social planejada que cria situações desafiadoras, estimula e orienta os usuários na construção e reconstrução de suas histórias e vivências individuais e coletivas, na família e território.  

Entre 2019 e meados do ano de 2021, a instituição suspendeu suas atividades, com intuito de reformular suas atividades no território, e assim atender de forma singular as demandas apresentadas pelas pessoas residentes neste território. Nesse tempo devido a covid, a instituições realizou ações que contribuísse com a segurança alimentar e amenizasse os danos causado pela pandemia.

No ano de 2022 a ASIMD por fim retomou suas atividades com os serviços de convivência e fortalecimento de vínculos na Sede do bairro realizando atividades com cerca de 70 crianças, que participam das oficinas de hip hop, capoeira e balé e 30 adultos entre esses alguns idosos na oficina de ritmos.

Em 2024 conseguimos um espaço locado ao qual estamos realizando nossas atividades.

Histórico do Alvarenga onde está o Paq. das Garças.

No início da colonização de São Bernardo do Campo, o transporte fluvial tinha relativa importância para a economia da região, devido à inexistência de veículos automotores para o transporte das mercadorias. As cargas eram conduzidas pelos rios até um ponto ao sul da foz do rio Taquacetuba, onde existia um porto que servia de ancoradouro aos Alvarengas (barcos de transporte, carga e descarga). Naquele ponto havia uma estrada de terra batida que conectava o porto até o atual Centro de São Bernardo do Campo, denominada pela população como Estrada dos Alvarengas. Essa primitiva estrada continua existindo em quase toda sua extensão, mas um trecho foi inundado com a construção da Represa Billings, no final da década de 1920, quando também foram perdidos o sítio da região. Por volta de 1930, as águas da represa começaram a subir, destruindo casas e plantações, colocando fim aos velhos sítios do Alvarenga. No começo dos anos 70, começaram a surgir favelas no bairro dos Alvarenga, principalmente com o início da construção da Rodovia dos Imigrantes. Referidas favelas eram formadas por habitações precárias instaladas na Estrada dos Alvarengas, ao lado da represa.

A região do bairro Parque das Garças, Pq. Jandaia, Jd. Primavera, Sítio das Garças, Pq. dos Químicos, Jd. Nova América, Jd. Novo Horizonte I e II, Pq. Ideal, Jd. Cruzeiro do Sul,  Pq. Fortaleza, Jd. Vida Nova, Jd. Serro Azul, Comunidade do Sapo, Comunidade  1001 e Jd. João de Barro, considerados de alta vulnerabilidade, formam uma ampla área geográfica, distante do centro do município, com grande número de moradores e em constante crescimento habitacional, tendo como base os cadastros da Unidade Básica de Saúde União, que atualmente conta com cerca de 40.000 cadastros, fato que demonstra a alta densidade demográfica nas regiões que o projeto se propõe a atuar e a importância do serviço para complementar os atendimentos de políticas públicas.

Para atender toda essa população os equipamentos públicos na área da educação são, na região do Parque das Garças são, duas escolas municipais, uma de Educação Básica, e a outra com Ensino Fundamental I, uma Escola Estadual contendo ensino Fundamental II e Ensino médio, e o Programa Municipal de Educação de Jovens e Adultos – EJA da alfabetização até ao 9º ano. Na área da assistência social conta com um Centro de Referência de Assistência Social – CRAS III, instituições não governamentais da área da assistência social, saúde e educação, além do trabalho voluntário das pastorais sociais e associações comunitárias (SAB Parque das Garças), que atendem as famílias, crianças e adolescentes, em busca da promoção e qualidade de vida desta comunidade.

Segundo diagnóstico realizado  pela Secretaria de Obras de Planejamento Estratégico – Departamento de Planejamento Estratégico: Divisão de Indicadores Sociais conta no painel estatístico 2023, ano base 2022, que  utiliza-se como parâmetro o Censo IBGE realizado em 2010, observou-se que no território referenciado ao CRAS III  Alvarenga/Batistini – Bairro Parque das Garças sendo este território também atendido pelo Serviço de Convivência e Fortalecimento de Vínculos através da  ASIMD no que tange ao aspecto de  população residente, cerca de  12% da população residente na região do Grande Alvarenga, estão locados no bairro Parque das Garças, e redondeza, sendo que em questão de renda dos domicílios, 37% da população possui renda de 1 a 2 salários mínimos mensais, e 35% possui de ‘/z a 1 salário mínimo ou nenhum tipo de renda, evidenciando assim o índice de vulnerabilidade social. Revela-se ainda que na composição das unidades domésticas,  cerca  de 68% trata-se de família no modelo nuclear, 16 % no modelo de família estendida e 4% de famílias compostas. Já no que tange a faixa etária da população, cerca de 9945 pessoas está na faixa etária entre O a 14 anos; 5.722 de 15 a 19 anos, ou seja, é de suma importância à permanência e continuidade do Serviço de Convivência e Fortalecimento de Vínculos no território, tendo em vista o alto índice de vulnerabilidade socioeconômica presente, o elevado percentual de crianças, adolescentes e jovens no território aos quais não podem, de modo algum, ficar à mercê da criminalidade, expostos as mais diversas situações de risco social e pessoal, ainda mais por se tratar de território com grande índice de tráfico de drogas.

Entende- se que as problemáticas identificadas, nos bairros em que temos pretensão em realizar o Serviço de convivência e fortalecimento de vínculos as crianças e adolescentes  vivem situações de  negligência nas famílias, situação de risco social, pois permanecem nas ruas, sujeitos ao uso e tráfico de drogas e a evasão escolar, por motivos que vão da necessidade de trabalhar, cuidar dos irmãos menores e dos afazeres domésticos, desinteresse, desmotivação e falta de perspectiva de futuro, que levam novamente ao ciclo vicioso do risco social e o aliciamento e uso de drogas.

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